O futuro da geringonça: Pode durar uma legislatura?

Depois de aprovado o orçamento para 2016 e de ter passado o plano de reformas e o plano de estabilidade, teremos pela frente um período mais calmo, julgo que até ao outono por altura da apresentação do novo orçamento.
Talvez não haja muito espaço de manobra financeiro para se ir muito mais longe em 2017, mas há políticas sem grande impacto financeiro que se podem aprovar. É neste contexto que achei interessante as reivindicações da CGTP centradas na contratação coletiva, isto é, mudar a agulha das políticas laborais e centrá-las mais no diálogo e sem perder de vista os interesses dos trabalhadores. Como foi dito espera-se que o governo dê o passo seguinte e volte a haver contratação coletiva.
Do ponto de vista político é preciso manter a esperança de dias melhores e continuar o combate aos salários baixos e à precariedade do emprego.
As nuvens que podem pairar sobre este acordo de partidos são surpresas no setor financeiro, como no Novo Banco, mas o calendário para este problema é para meados de 2017.
Concluindo é hoje possível pensar na estabilidade governativa que dure uma legislatura se o governo e seus parceiros souberem cultivar este clima de esperança num futuro melhor e forem concretizando paulatinamente os seu projetos políticos consensuais.

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