A questão do setor financeiro como exceção às normas


Costuma dizer-se que somos todos iguais perante a lei e a vida, aliás um dos princípios da revolução liberal de 1789. Mas se olhamos para o setor financeiro, salta à vista que este é uma exceção:
* não vai à falência e todos pagamos os desmandos dos gestores;
* os gestores não são responsabilizados e só passados anos é que são denunciados;
* os governadores do banco central são inimputáveis, tinham o dever de supervisão, deixarão cair bancos e até foram promovidos;
No dia a dia não há dinheiro para satisfazer as reivindicações das classes profissionais mas não falta dinheiro para cobrir as imparidades dos bancos; Banif, Novo Banco, Caixa Geral de Depósitos.
Nós enquanto sociedade temos de mudar esta exceção e tornar este setor equivalente aos outros e deixar de ser uma prateleira dourada para os políticos e elite económica, acima das leis que regem as sociedades.
É assustador que em época eleitoral ninguém pegue neste tema e proponha alterações à organização do setor financeiro de forma a tornar-se igual aos outros e as pessoas que nele são responsáveis responderem como qualquer outra pessoa.
Para terminar não compreendo como o atual governador do BdP não responda sobre o que passou quando foi administrador da CGD.

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