A crise grega e o euro

Em nenhum tratado assinado para a construção da união económica se considera a imposição pelos órgão comunitários de ideias (políticas) aos povos. Assim sendo, como se explica a tentativa de condicionar a escolha dos gregos nas eleições que se aproximam?
Em termos de acentuar as escolhas que estão em cima da mesa por parte dos eleitores gregos é legítima uma intervenção quer da comissão quer por parte da senhora Merkel, para realçar o alcance da escolha que vai ser feita pelos gregos, mas com sentido pedagógico, não impositivo. Mas ir além de um esclarecimento, entrar pelo campo das ameaças, como acenar com a saída do euro e da união, que os gregos não querem, isto não é esclarecimento, isto é chantagem.
Esta atitude é uma deriva totalitária contrária ao espírito democrático de construção de um estrutura supranacional por vontade dos povos. Isto é completamente diferente de se alertar que por consenso / maioria existem regras para se cumprirem e quem não as acatar deverá sofrer consequências previstas que não são em nenhum tratado a expulsão quer do euro quer da UE. Quando há divergências há negociação, este deve ser a metodologia, cujos resultados devem sancionadas pelos povos interessados.

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