Da vitória do Syriza às propostas de PIKETTY

Como já disse num post anterior a vitória do Syriza abre agora negociações coma UE e vamos ver no que consegue nessas negociações, mas pelo menos as teses dominantes passam a ter oposição e passa a haver debate, o que vai também favorecer os partidos de oposição à austeridade que já não aparecem isolados.
Mas tão importante como esta abertura ao debate e o reforço do papel da democracia, quero fazer referência a uma proposta de PIKETTY, nome e obra -o capital no século XXI- que já realcei em post anterior. A sua proposta vem no sentido de se criar uma articulação entre política monetária e fiscal/orçamental, tal como defendi no meu post anterior. Contudo, Piketty no que respeita à política orçamental advoga mesmo a existência de um ministro das finanças a nível do euro, com controlo parlamentar dos países aderentes ao euro, ou seja, o parlamento europeu, reuniria também em sessões mais restritas só com países aderentes ao euro, que controlariam democraticamente o poder do ministro das finanças.
Além desta nova arquitetura política, coloca também em cima da mesa a existência de eurobonds que mutualizariam a dívida dos Estados acima dos 60%. Além disso propõe também a existência de impostos e taxas comunitárias, a ser aprovadas pelo Parlamento do Euro, que financiariam o orçamento comunitário.
Estas propostas são interessantes e vêm também colocar em debate ideias contra a corrente dominante e até agora hegemónica e mesmo quase sem oposição após a frustração chamada Hollande.

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