A pressão europeia sobre o OGE

Têm vindo a público notícias de que a Comissão tem pressionado Portugal para baixar o défice de 2,8 para 2,5%, do PIB. Estas notícias parecem confirmar uma UE a favor de mais austeridade contra um governo que a quer abrandar e cumprir os seus compromissos eleitorais e de coligação, sem deixar de se enquadrar nas regras europeias..
A questão é se ainda faz sentido continuar com uma austeridade asfixiante? A resposta é não, quer do ponto de vista social e económico. Do ponto de vista social porque é preciso tirar da pobreza muitas mais pessoas e com urgência e economicamente porque é preciso acelerar o crescimento com base no mercado interno para se poder pagar a dívida mais depressa. Mas este crescimento do mercado interno passa por dar mais dinheiro aos estratos mais baixos onde o impacto sobre as importações será menor do que apostar na melhoria da classe média.
Concluindo, a UE continua pouco preocupa com as pessoas e com níveis mais altos de crescimento, talvez porque não precise de uma base de apoio eleitoral porque não vai a votos. Este governo já cumpre as regras europeias, a partir daqui entramos na esfera da ingerência.

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