O puxão de orelhas ao draft de OGE, ou o aviso aos governos de esquerda?

Estamos perante um facto político novo a exigência de um défice estrutural de mais 0,5 em vez dos 0,2. Além de ser uma medida dos crentes na austeridade, logo apoiada pelo PSD, e portanto ignorar que a política faz-se para as pessoas, é uma ingerência da Comissão em Portugal quando não tem o mesmo critério para com os França, que devido a problemas de segurança pode contornar as regras...
Esta posição é também uma prova de que os defensores da austeridade não recuaram e querem dar um segundo aviso aos governos de esquerda, o primeiro foi à Grécia, de que ainda mandam e esta ideologia está ativa.
Vejamos como o governo vai reagir a esta pressão ensanduichado entre a vertente externa e os compromissos internos. A verdade é que há fatores que podem dar uma margem de manobra, como os baixos preços do petróleo, que podem ser mais explorados, mas à custa de menos estímulos à economia, pois os custos de transportes se aumentarem agravam as contas das empresas.
Estou curioso para ver como reage o governo na sua capacidade de enfrentar a Europa da austeridade, que foi uma promessa eleitoral, bem como, na manutenção dos compromissos que lhe permitem ser governo, ou seja, chegou a hora da verdade, em que Costa se vai assumir perante estes dilemas.

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