O bom momento da economia portuguesa

Os dados divulgados recentemente mostram o bom momento da economia portuguesa, com um crescimento de 2,7%, baseado em exportações e investimento, que têm um efeito positivo no crescimento sem desequilibrar a balança comercial.
Mas, apesar destes valores que são inéditos no século XXI, continuamos a divergir da Europa, ou seja, esta está a crescer mais do que nós.
Outro comentário é que a recuperação de rendimentos se foi a bandeira deste governo para estimular a economia, criou confiança e já transbordou já para o investimento e para as exportações, nesta última o turismo aparece como um motor deste crescimento.
O nosso principal desequilíbrio continua a ser o endividamento, mas que é gerível com o crescimento existente e com a redução do défice em curso. Claro que uma reestruturação da dívida permitiria a libertação de mais meios financeiros para aplicar no investimento público, mais rápida recuperação de rendimentos e melhores serviços de saúde e de educação, mas não está no horizonte.
Esta performance da economia portuguesa também permitiu a recuperação do sistema bancário com o regresso dos bancos aos lucros de que é um exemplo o BCP, além de irem resolvendo o problema das imparidades, com o passar do tempo.
Os principais riscos da economia portuguesa são a subida acentuada das taxas de juro, que irão aumentar o serviço da dívida e retirar recursos aos outros setores, crises internacionais, no setor financeiro ou em bolsas. Nesta perspetiva a correção bolsista é uma boa notícia, pois veio corrigir a bolha especulativa sem criar uma crise séria, afastanto assim, para já, uma crise acentuada e de grandes dimensões.
Concluindo há boas notícias no campo económico, mas ainda há riscos sérios que podem afetar a economia portuguesa.

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