O PSD de Rio muda a cena político/económica?

Depois do congresso do PSD no fim-de-semana passado, a cena política portuguesa pode mudar, pois o novo PSD já não está ressaibiado com Costa, como estava o do Passos Coelho e adotou uma atitude mais pragmática de defesa dos interesses da direita, em que o que interessa é apoiar as medidas do PS com as quais concordam e afastam o PS dos braços da esquerda.
Ou seja o PS pode nuns assuntos apoiar-se à esquerda e noutros apoiar-se à direita, desde que continue a dar uma migalhas em termos de recuperação de rendimentos, a esquerda não fará cair o governo, com medo de uma penalização eleitoral. Com este novo PSD o PS fica com mais margem de manobra para políticas próprias que o permitam diferenciar da esquerda, o que pode ser um trunfo eleitoral, que de certeza vai usar, realçando que cumpriu o seu programa, programa esse que nem foi o da esquerda, nem foi o da direita.
Concluindo, o novo PSD abriu os horizontes ao PS para poder demarcar-se mais dos seus aliados de esquerda em ambiente pré-eleitoral, o que lhe vai facilitar conservar o eleitorado do centro.
Os partidos de esquerda devem acentuar que o PSD não mudou nem se arrependeu da política de elevados custos sociais que implementou entre 2011/15 e que na primeira oportunidade o PS abrandou o seu apoio às classes mais desfavorecidas.
Também devemos realçar que este PSD, mais ao centro e em rutura com o neoliberalismo e mais próximo da social democracia, é um garante que não vamos voltar a certas políticas mais à direita.

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