As caraterísticas de personalidade das pessoas dirigentes e a economia

Hoje o tema vai ser o tipo de dirigentes que escolhemos e o seu impacto económico sobre as instituições que comandam.
A escolha dos dirigentes numa sociedade democrática é responsabilidade de quem os elege, portanto é essencial o eleitor poder separar o trigo do joio, o que nem sempre tem feito.
Vejamos o caso do Eng. Sócrates (daqui para a frente referido como ES): foi eleito por duas vezes e na segunda já eram conhecidas as suspeitas em relação ao freeport, pelo que na segunda eleição já havia indícios de algum dos seus comportamentos. Além do mais todos nos lembraremos da sua tentativa de controlar os telejornais da TVI com a Manuela Moura Guedes, mas mesmo assim conseguiu ser reeleito. As consequências da sua governação e dos seus projetos megalómanos foi a «banca routa» do país e um plano de intervenção em soberania condicionada. Sofremos perda de salários reais e aumento de impostos.
Vejamos o caso do Bruno de Carvalho (daqui para a frente designado por BC), foi já esta época reeleito como dirigente máximo do Sporting, sendo conhecida a sua faceta incendiária da vida futebolística, ao usar uma linguagem agressiva e populista, de que o presidente-adepto é paradigmático, uma vez que ou se é uma coisa ou outra, porque o presidente não pode ter excessos (de linguagem ou de comportamento), devendo ser racional, enquanto o adepto pode ser emotivo, ter uma linguagem mais radical e mesmo ter comportamentos excessivos (mas sempre dentro da lei). Consequências do populismo do BC, desestabilizou a equipa depois do jogo de Madrid contra o Atlético, criou um clima de caça às bruxas contra os jogadores. Foi ele o responsável direto do assalto ao centro de estágios? Não, mas tem responsabilidade indireta por ter criado um clima de «caça às bruxas», quando devia estar calado e tomado medidas na altura certa, que era no final da época. Consequências no futuro do comportamento do BC, desvalorização dos ativos do plantel, mesmo no cenário mais optimista de os jogadores somente não quererem continuar no Sporting. No cenário mais pessimista, em que não se afasta e os jogadores pedem rescisão por justa causa, pode estar o definhamento do Sporting desportivamente por várias épocas, por falta de recursos financeiros.
Porquê estes tipo de personalidades aparecem de tempos a tempos?
A sociologia do populismo explica-nos o seu avanço quando  há crises económicas e éticas e há necessidade de um «messias ou salvador», quando há desconfiança nas soluções políticas porque quando há mudanças de governo, mas as soluções são praticamente as mesmas, apesar das promessas serem distintas, ou seja, quando se instala a desconfiança nas instituições. Estes populismos dão as soluções desejadas no curto prazo sem olhar às consequências futuras.

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Vantagens e desvantagens do FMI

A conflitualidade de objetivos de política económica

A minha experiência com a estomatologia (análise económica).