A entrevista do 1º Ministro ao público

O jornal Público de hoje publica uma entrevista de António Costa um ano após as últimas eleições, ainda que não haja ainda um ano de governo por causa da nomeação do governo de Passos Coelho que viria  a ser chumbado.
Da entrevista destaco a separação do curto prazo, resolver problemas urgentes, do longo prazo, a implementação de uma estratégia que resolva os problemas estruturais que afetam Portugal neste século XXI, lembrando que o problema das baixas taxas de crescimento estão presentes durante estes últimos 16 anos.
No curto prazo Costa realçou o combate à pobreza através da reposição de rendimentos e da revisão das pensões previstas para 2017 e a resolução dos problemas da banca, que considera terem sido escondidos pelo governo anterior e pela tróica em nome da saí limpa. Sobre os bancos anunciou a resolução do crédito mal parado até ao final do ano, como forma de melhorar o crédito à economia por parte do sistema bancário, além de reafirmar que a Caixa será o único banco 100% nacional.
Nos problemas urgentes é ainda colocada a necessidade de o programa 2020 arrancar, pois, estava parado, para se começar a dinamizar o investimento e a economia, mas reconhecendo que a longo prazo o que vai ser decisivo, para o investimento, é o sistema bancário funcionar sem constrangimentos na concessão de crédito e ter resolvido os problemas acionistas.
Há também a possibilidade de subirem os impostos indiretos, à exceção do IVA, que não vai sofrer alterações.
Esta entrevista é, assim, bastante clarificadora da estratégia do governo, elencando os problemas urgentes e colocando no horizonte a resolução dos problemas estruturais da economia portuguesa que permitam melhorar a competitividade.

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