As notícias sobre impostos: balões de ensaio ou arte de adivinhação dos jornalistas.

O episódio da taxa Mortágua, já aqui comentada, não voltou a repetir-se, isto é, não voltaram a acontecer fugas de informação dentro da geringonça sobre o que se negoceia.
Mas, os jornais continuam a trazer todos os dias notícias sobre possíveis impostos, como o hipotético aumento do imposto do vinho, que seria equiparado ao da cerveja, a «fat tax»,  o imposto sobre o teor de açúcar das bebidas  e do sal nos snacks, além do imposto sobre o imobiliário e mesmo o mobiliário.
Estas notícias serão especulação jornalística (?), reflexo de pressão de grupos de interesse sobre o governo (?) ou tão simplesmente formas de os decisores políticos testarem ideias junto da opinião pública, como insinuou o líder da oposição (?).
Qualquer destas hipóteses é possível, não sendo correto só colocar a última hipótese como fez o Passos Coelho, sendo também verossímil que haja grupos que lançam ideias para desviar o foco do governo em certas soluções, tentando apontar outras soluções, bem como um trabalho jornalístico que a partir de situações já testadas no estrangeiro procuram adivinhar, o que se passa nos corredores do poder.
Concluindo, há muito ruído, em torno de um documento que altera impostos que podem ser benéficos ou maléficos para este ou aquele setor ou grupos de interesse, pelo só nos resta aguardar por sexta-feira e pela proposta de orçamento para sabermos o que será verdade ou mera especulação.

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